“UM CONTO MARCADO NO TEMPO –
O OLHAR SUÍÇO DE CLÓVIS BORNAY”
Plants: image 1 0f 15 thumbUnidos da Tijuca Departamento de Carnaval: Mauro Quintaes, Annik Salmon, Hélcio Paim, Marcus Paulo e Carlos CarvalhoAinda me lembro, sentado aos pés do meu pai… entre as páginas dos livros, ouvindo suas histórias de uma terra mágica, viajava nos contos encantados que davam vida aos cavaleiros medievais montados em ginetes, cavalgando em direção aos montes gelados e brancos. Dragões alados sobrevoavam castelos e aldeias, o povo aterrorizado, fez um pacto até mesmo com o diabo para construir uma ponte e, assim, seguir seu caminho. Minha imaginação me embalava; ali eu estava, guardado pelas emoções o tempo não passava. Os ponteiros do relógio bailavam em prosa e verso, eu ali continuava, despertando personagens sem fronteiras nesse universo.

Fiquei admirado com um bravo caçador, de pontaria certa, salvou seu filho da tirania fatal. Homem de bem, respeitado por todos, lutou pela independência de sua terra e pela liberdade de seu povo. Subindo aqueles montes gélidos, forrados por nobres estrelas brancas que caiam do céu, vivia um lendário gigante soprando ventos frios, congelando plantações e lagos ao léu. Eis que surge para salvar os que estavam a precisar, o anjo dos Alpes sempre pronto a zelar.

A cada instante, minhas lembranças giravam como engrenagens de uma caixinha de música, dando vida a uma variedade de proezas e façanhas que jamais pude imaginar, onde em um instante tudo cabia no bolso, na palma da mão, tantas ferramentas em uma só. Em outra caixa, curioso fiquei, nelas senhas secretas que nem mesmo o tempo era capaz de apagar.

De repente, deparo-me com um novo tempo que se forma, ponteiros a girar em todas as direções. “Uma nova hora começou! Aproveite-a sabiamente” – assim o cuco falou. Livros, então, passaram a registrar pensamentos e teorias escritas por um homem de mente brilhante e coração puro, que, no girar dos ponteiros, viajou a um futuro, transformando o tempo em fórmulas, fórmulas em sonhos, e sonhos em realidades. O tempo voa, o tempo vai, o tempo me leva na brilhante história de um viajante a planar entre o céu e o mar na aeronave que tem o sol a te alimentar.

Assim, um novo tempo se anuncia. Pessoas que passam pessoas que vêm e que ficam. Bandeiras que voam, dançam e giram acompanhadas de trompas gigantes encantadas, soando uma melodia em perfeita harmonia. Mas vejam só: nessa história fascinante, um escultor transformou o movimento, alcançando todos seus desejos, fazendo com que sua arte fosse importante para aquela terra de cores. Cores que protegiam, em tempos distantes em que guardas fardados defendiam igrejas, vestindo ricos trajes. Cores que brincavam sobre folhas brancas, riscos e traços que conduziam a cadência pintavam o que eu não via. Atravesso, então, para um tempo futuro, nos filmes de máquinas e seres viajantes.

Gotas de chuva caem do céu, passeiam entre as nuvens, descem montanhas, alimentam pastos e fontes. Entro em uma página que uma fábrica se faz presente. Sinto o gosto de tudo que já comi, de tudo que já bebi. Litros e mais litros do mais puro leite, repleto de aromas e sabores, são transformados em passe de mágica em queijos empilhados. E lá do alto vejo uma coroa a reluzir, nossa… existe um rei ali! Percebo o giro dos ponteiros, como a colher do cozinheiro mexendo sem parar. Cachos de uvas enfeitam todos os cantos. São cascatas e rios dos mais deliciosos chocolates, levando meu paladar a percorrer minhas lembranças. E o cuco? Novamente alegre a cantar, anuncia “A fábrica não pode parar!”

As páginas do livro vão se acabando. Vejo que as histórias de ontem e de hoje misturam-se com as do amanhã. Percebo diante dos meus olhos uma avenida estendendo-se a mim, aqui e acolá, festas que duram o ano inteiro, até o sol brilhar. Foliões fantasiados fazem soar instrumentos, girando os ponteiros da engrenagem do tempo, bailando em versos despertando luzes acesas e o brilho das cores. Agora não mais uma criança e sim um folião a desfilar, ainda fascinado pelos contos daquele lugar. Encontro-me em meio à Sapucaí, de tantos carnavais, que sempre festejei. Escrevo mais um conto marcado no tempo, neste lugar de riquezas mil, laços Suíça-Tijuca-Brasil.

Clóvis Bornay

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“UM CONTO MARCADO NO TEMPO –
O OLHAR SUÍÇO DE CLÓVIS BORNAY”
Plants: image 1 0f 15 thumbUnidos da Tijuca Departamento de Carnaval: Mauro Quintaes, Annik Salmon, Hélcio Paim, Marcus Paulo e Carlos CarvalhoAinda me lembro, sentado aos pés do meu pai… entre as páginas dos livros, ouvindo suas histórias de uma terra mágica, viajava nos contos encantados que davam vida aos cavaleiros medievais montados em ginetes, cavalgando em direção aos montes gelados e brancos. Dragões alados sobrevoavam castelos e aldeias, o povo aterrorizado, fez um pacto até mesmo com o diabo para construir uma ponte e, assim, seguir seu caminho. Minha imaginação me embalava; ali eu estava, guardado pelas emoções o tempo não passava. Os ponteiros do relógio bailavam em prosa e verso, eu ali continuava, despertando personagens sem fronteiras nesse universo.

Fiquei admirado com um bravo caçador, de pontaria certa, salvou seu filho da tirania fatal. Homem de bem, respeitado por todos, lutou pela independência de sua terra e pela liberdade de seu povo. Subindo aqueles montes gélidos, forrados por nobres estrelas brancas que caiam do céu, vivia um lendário gigante soprando ventos frios, congelando plantações e lagos ao léu. Eis que surge para salvar os que estavam a precisar, o anjo dos Alpes sempre pronto a zelar.

A cada instante, minhas lembranças giravam como engrenagens de uma caixinha de música, dando vida a uma variedade de proezas e façanhas que jamais pude imaginar, onde em um instante tudo cabia no bolso, na palma da mão, tantas ferramentas em uma só. Em outra caixa, curioso fiquei, nelas senhas secretas que nem mesmo o tempo era capaz de apagar.

De repente, deparo-me com um novo tempo que se forma, ponteiros a girar em todas as direções. “Uma nova hora começou! Aproveite-a sabiamente” – assim o cuco falou. Livros, então, passaram a registrar pensamentos e teorias escritas por um homem de mente brilhante e coração puro, que, no girar dos ponteiros, viajou a um futuro, transformando o tempo em fórmulas, fórmulas em sonhos, e sonhos em realidades. O tempo voa, o tempo vai, o tempo me leva na brilhante história de um viajante a planar entre o céu e o mar na aeronave que tem o sol a te alimentar.

Assim, um novo tempo se anuncia. Pessoas que passam pessoas que vêm e que ficam. Bandeiras que voam, dançam e giram acompanhadas de trompas gigantes encantadas, soando uma melodia em perfeita harmonia. Mas vejam só: nessa história fascinante, um escultor transformou o movimento, alcançando todos seus desejos, fazendo com que sua arte fosse importante para aquela terra de cores. Cores que protegiam, em tempos distantes em que guardas fardados defendiam igrejas, vestindo ricos trajes. Cores que brincavam sobre folhas brancas, riscos e traços que conduziam a cadência pintavam o que eu não via. Atravesso, então, para um tempo futuro, nos filmes de máquinas e seres viajantes.

Gotas de chuva caem do céu, passeiam entre as nuvens, descem montanhas, alimentam pastos e fontes. Entro em uma página que uma fábrica se faz presente. Sinto o gosto de tudo que já comi, de tudo que já bebi. Litros e mais litros do mais puro leite, repleto de aromas e sabores, são transformados em passe de mágica em queijos empilhados. E lá do alto vejo uma coroa a reluzir, nossa… existe um rei ali! Percebo o giro dos ponteiros, como a colher do cozinheiro mexendo sem parar. Cachos de uvas enfeitam todos os cantos. São cascatas e rios dos mais deliciosos chocolates, levando meu paladar a percorrer minhas lembranças. E o cuco? Novamente alegre a cantar, anuncia “A fábrica não pode parar!”

As páginas do livro vão se acabando. Vejo que as histórias de ontem e de hoje misturam-se com as do amanhã. Percebo diante dos meus olhos uma avenida estendendo-se a mim, aqui e acolá, festas que duram o ano inteiro, até o sol brilhar. Foliões fantasiados fazem soar instrumentos, girando os ponteiros da engrenagem do tempo, bailando em versos despertando luzes acesas e o brilho das cores. Agora não mais uma criança e sim um folião a desfilar, ainda fascinado pelos contos daquele lugar. Encontro-me em meio à Sapucaí, de tantos carnavais, que sempre festejei. Escrevo mais um conto marcado no tempo, neste lugar de riquezas mil, laços Suíça-Tijuca-Brasil.

Clóvis Bornay

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O OLHAR SUÍÇO DE CLÓVIS BORNAY”
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Fiquei admirado com um bravo caçador, de pontaria certa, salvou seu filho da tirania fatal. Homem de bem, respeitado por todos, lutou pela independência de sua terra e pela liberdade de seu povo. Subindo aqueles montes gélidos, forrados por nobres estrelas brancas que caiam do céu, vivia um lendário gigante soprando ventos frios, congelando plantações e lagos ao léu. Eis que surge para salvar os que estavam a precisar, o anjo dos Alpes sempre pronto a zelar.

A cada instante, minhas lembranças giravam como engrenagens de uma caixinha de música, dando vida a uma variedade de proezas e façanhas que jamais pude imaginar, onde em um instante tudo cabia no bolso, na palma da mão, tantas ferramentas em uma só. Em outra caixa, curioso fiquei, nelas senhas secretas que nem mesmo o tempo era capaz de apagar.

De repente, deparo-me com um novo tempo que se forma, ponteiros a girar em todas as direções. “Uma nova hora começou! Aproveite-a sabiamente” – assim o cuco falou. Livros, então, passaram a registrar pensamentos e teorias escritas por um homem de mente brilhante e coração puro, que, no girar dos ponteiros, viajou a um futuro, transformando o tempo em fórmulas, fórmulas em sonhos, e sonhos em realidades. O tempo voa, o tempo vai, o tempo me leva na brilhante história de um viajante a planar entre o céu e o mar na aeronave que tem o sol a te alimentar.

Assim, um novo tempo se anuncia. Pessoas que passam pessoas que vêm e que ficam. Bandeiras que voam, dançam e giram acompanhadas de trompas gigantes encantadas, soando uma melodia em perfeita harmonia. Mas vejam só: nessa história fascinante, um escultor transformou o movimento, alcançando todos seus desejos, fazendo com que sua arte fosse importante para aquela terra de cores. Cores que protegiam, em tempos distantes em que guardas fardados defendiam igrejas, vestindo ricos trajes. Cores que brincavam sobre folhas brancas, riscos e traços que conduziam a cadência pintavam o que eu não via. Atravesso, então, para um tempo futuro, nos filmes de máquinas e seres viajantes.

Gotas de chuva caem do céu, passeiam entre as nuvens, descem montanhas, alimentam pastos e fontes. Entro em uma página que uma fábrica se faz presente. Sinto o gosto de tudo que já comi, de tudo que já bebi. Litros e mais litros do mais puro leite, repleto de aromas e sabores, são transformados em passe de mágica em queijos empilhados. E lá do alto vejo uma coroa a reluzir, nossa… existe um rei ali! Percebo o giro dos ponteiros, como a colher do cozinheiro mexendo sem parar. Cachos de uvas enfeitam todos os cantos. São cascatas e rios dos mais deliciosos chocolates, levando meu paladar a percorrer minhas lembranças. E o cuco? Novamente alegre a cantar, anuncia “A fábrica não pode parar!”

As páginas do livro vão se acabando. Vejo que as histórias de ontem e de hoje misturam-se com as do amanhã. Percebo diante dos meus olhos uma avenida estendendo-se a mim, aqui e acolá, festas que duram o ano inteiro, até o sol brilhar. Foliões fantasiados fazem soar instrumentos, girando os ponteiros da engrenagem do tempo, bailando em versos despertando luzes acesas e o brilho das cores. Agora não mais uma criança e sim um folião a desfilar, ainda fascinado pelos contos daquele lugar. Encontro-me em meio à Sapucaí, de tantos carnavais, que sempre festejei. Escrevo mais um conto marcado no tempo, neste lugar de riquezas mil, laços Suíça-Tijuca-Brasil.

Clóvis Bornay

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